Esporte
Imagens do VAR serão liberadas em tempo real na televisão
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Sob o lema ‘miníma interferência, máximo benefício’, a CBF apresentou ontem os dados do balanço de arbitragem após a estreia do VAR no Campeonato Brasileiro e prometeu novidades a partir da primeira rodada do returno: os telespectadores terão acesso às imagens avaliadas pela cabine do Árbitro de Vídeo no momento exato da revisão e com a descrição da jogada em questão. Em breve, a intenção é compartilhar a novidade em estádios que tenham telão.
Com 851 participações do VAR nos 139 jogos disputados até a 14ª rodada, o saldo é considerado positivo, segundo Leonardo Gaciba, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF. Ele se baseia no índice de acerto de 98% dos lances nas decisões capitais (gols, expulsões, erros de identificação e pênaltis) com a ajuda da nova ferramenta.
Em comparação ao mesmo período no Brasileiro de 2018, os árbitros erraram 88 lances capitais contra dez este ano, com o auxílio do VAR, revelou Leonardo Gaciba.
“É uma melhora significativa. Enxergo o copo meio cheio. O auxílio do VAR é indispensável hoje em dia”, disse o chefe da arbitragem no país.
Com custo médio de R$ 51 mil por jogo, o VAR chegou para ficar, de acordo com a CBF, que, entretanto, reconhece os desafios para melhorar o sistema, principalmente em relação ao tempo gasto durante os jogos no Brasileiro: 1 minuto e 54 segundos a cada intervenção.
A meta pessoal de Gaciba é otimizar o tempo, entre checagem e revisão, para 1 minuto e 20. Na opinião dele, a insegurança dos árbitros e a adaptação ao novo sistema têm influenciado na demora, alvo de reclamação tanto no gramado quanto na arquibancada.
“Temos total ciência de que precisamos evoluir nesse ponto. Já evoluímos em relação aos Estaduais. O tempo de bola rolando baixou em relação ao ano passado. Minha preocupação maior é o equilíbrio da informação correta, sem perder a fluência do jogo”, destacou Gaciba.
Para diminuir a tensão entre os torcedores, as imagens em análise pelo VAR serão compartilhadas com os telespectadores, em tempo real, porém, sem o áudio, que seguirá restrito à equipe de arbitragem. “É uma conversa privada, entre profissionais”, justificou Leonardo Gaciba.